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Hoje, dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher! Neste ano, a data é celebrada sob o tema “igualdade de gênero hoje para um amanhã sustentável”, reconhecendo a contribuição de mulheres ao redor do mundo que lideram o esforço de adaptação, mitigação e resposta às mudanças climáticas em busca de um futuro mais sustentável. 

O aquecimento global vem se agravando e com isso impactando cada vez mais comunidades com a elevação do nível do mar, aumento da temperatura e condições climáticas extremas. Os grupos mais marginalizados tendem a ser os mais afetados pela crise climática. Dado a discriminação e normas de gênero existentes, mulheres e meninas são afetadas de forma diferente quanto aos impactos da mudança climática.  

O avanço da igualdade de gênero no contexto da crise climática é um dos maiores desafios globais deste século. Em diversas regiões ao redor do mundo, mulheres são desproporcionalmente responsáveis pela alimentação de suas famílias, sofrendo com a pressão de serem encarregadas de garantir a segurança alimentar e nutricional visto que as mudanças climáticas reduzem a produtividade agrícola e aumentam a escassez de água e o preço dos alimentos. Além disso, por serem mais dependentes dos recursos naturais – altamente suscetíveis aos efeitos das mudanças climáticas –, sua vulnerabilidade aumenta ainda mais devido ao seu já marginalizado acesso e controle de recursos. 

Ao mesmo tempo, mulheres e meninas são líderes e agentes de mudança imprescindíveis para a adaptação e mitigação do clima. Engajadas em diversas iniciativas em prol da sustentabilidade ao redor do mundo, a participação de mulheres na tomada de decisões resulta na promoção de soluções holísticas e ações climáticas eficientes, eficazes e inclusivas. Ademais, mulheres desempenham um papel central na gestão de recursos naturais nos níveis doméstico e comunitário. Mulheres indígenas, em especial, possuem conhecimentos singulares sobre agricultura, conservação e gestão de recursos naturais, suas vozes sendo indispensáveis em processos de tomada de decisão. 

Assim, aumentar a representação de mulheres na liderança e tomada de decisões promovendo sua capacidade de influenciar mudanças para si e para outros no contexto da crise climática é essencial para progredirmos em direção a um futuro mais igualitário e sustentável. Além disso, é necessário pensar em projetos de desenvolvimento e ação climática que levem gênero e suas intercessões em consideração, e centrar esses projetos nas experiências daqueles mais impactados. Sem igualdade e inclusão, um futuro sustentável mantém-se fora de alcance.  

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